Entrevistamos Nathalia Mella, Gestora de projetos, para falar sobre sua trajetória profissional, conhecer suas conquistas e desafios encontrados no dia a dia
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Na história, o primeiro algoritmo desenvolvido foi feito por uma mulher chamada Ada Lovelace. Inúmeras linguagens de programação foram criadas pelo público feminino: Irmã Mary Kenneth Keller (BASIC), Grace Hopper (COBOL).
Porém, o mercado de TI ainda tem pouca representação feminina e mesmo com tantas mulheres incríveis na história, ainda existe quem acredite que a tecnologia não é para mulheres.
Quebrando esse paradigma, muitas mulheres driblam preconceitos e ocupam posições estratégicas de liderança em empresas como Google, Yahoo!, IBM, dentre outras.
Para entender um pouco melhor deste cenário entrevistamos Nathalia Mella, Gestora de projetos, para falar sobre sua trajetória profissional, conhecer suas conquistas e desafios encontrados no dia a dia.
Confira abaixo!
Absolutamente sim, a área de TI ainda que apresente em alguns movimentos discretos em busca de igualdade, é predominantemente voltada ao universo masculino.
Eu não acredito e nem apoio os discursos que dizem que homens são fortes em alguns skills e mulheres em outros. Acredito que skills são desenvolvidos e aperfeiçoados, independente do gênero. Dito isso, a presença de mulheres na área de TI gera equilíbrio, ponderação e igualdade.
Há 10 anos, recém chegada de um intercambio nos EUA me vi perdida profissionalmente, estava em busca de algo que me inspirasse.
Naquela época não tinha ideia do que era TI de fato, mas nesse intercambio havia tido contato com vários brasileiros que trabalhavam com tecnologia fora do Brasil.
Ali vi uma oportunidade e fui em busca de formação e conhecimento na área.
A tecnologia é dinâmica, que se transforma de acordo com as necessidades e desafios do meio e da sociedade. Isso é inspirador!
5. Em algum momento você sentiu algum tipo de preconceito ou resistência no mercado de trabalho por ser mulher?
Sim! É ainda difícil para alguns egos masculinos serem liderados por uma mulher, há um pouco de resistência e desconfiança. Confesso que no começo da minha carreira isso me incomodava, tinha necessidade de me provar a toda hora, me puxava e cobrava demais, porém hoje já lido bem com isso, sei do meu valor e capacidade e com jogo de cintura vou traçando minha trajetória.
Mulheres podem e devem trabalhar e estudar tecnologia ou o que bem quiserem. O gênero não define a capacidade de alguém, nunca duvidem do empoderamento feminino.
Tem sido uma parceria super bacana, só de darem visão a atuação feminina na nossa área, já representa atenção e interesse com o movimento.