A organização básica da metodologia é a matriz com times orientados vertical e horizontalmente.
Agrupados por produto, ou seja, por features ou grupos de features correlacionados.
>> Squads são a unidade básica de organização dos times, usualmente em torno de uma feature, ou subsecção de uma funcionalidade.
>> Tribo é o segundo nível de agrupamento, e pode conter uma série de squads que tenham funcionalidades e objetivos similares. Os squads de uma tribo ficam fisicamente próximos uns dos outros, para que haja comunicação fluida.
Agrupados por skill ou interesse, objetivando a troca de melhores práticas, experiências e desafios.
>> Chapter é um grupo horizontal (portanto orientado por função/afinidade) que congrega profissionais com responsabilidades e skills parecidos.
>> Guilds, ou guilda, é um grupo de profissionais, que pode ser de squads e tribos diferentes, que se unem para trocar experiências, aprendizados, e melhores práticas sobre temas de interesse comum.
Por serem bastante autogeridos, nos times não existem figuras tão marcantes de liderança formal, mas sim lideranças mais orgânicas, bastante fundadas nos aspectos técnicos/funcionais do trabalho.
Assim, apenas chapters e squads tem lideranças claramente identificadas.
A prova do sucesso dessa estratégia são os benefícios que esta abordagem trouxe para o Spotify e para outras corporações que investiram nela:
Um dos aspectos é a agilidade nas decisões. Considere, por exemplo, uma estrutura antiga, departamental e não ágil: para cada decisão, é preciso esperar burocraticamente por gerentes e líderes, que muitas vezes nem estão em contato direto com o que está acontecendo no dia a dia. Nas squads, as escolhas são feitas a nível local, pelo líder focado na funcionalidade e responsabilidade do grupo.
Essa mudança gera agilidade e rapidez para que os times consigam trabalhar e entregar resultados de qualidade. Tudo flui de forma mais ágil, sem burocracia e gargalos de comunicação. Os grupos trabalham de forma independente e simultânea, de modo a contribuir para satisfazer as demandas internas.
As metodologias escolhidas e as tecnologias variam bastante a depender do grupo, o que gera uma diversidade interessante e possibilita que o colaborador contribua com o melhor, trabalhando com o que for conveniente para ele.
Outra grande vantagem desse método é que ele não prende as pessoas em grupos fechados apenas.
Ao contrário de outras alternativas, os profissionais se mantém conectados com diferentes pessoas da empresa, com a capacidade de colaborar e aprender com cada um deles. Os membros se comunicam com seu squad, com a tribe, com seu chapter e também com a guild, de modo a extrair conhecimento desses níveis.
Especialmente nas guilds, que são voltadas especificamente para o aprendizado e para a evolução intelectual dos funcionários.
A ideia do Spotify foi desenvolver uma estrutura que mantivesse vivos os pilares ágeis, e eles conseguiram. Os squads otimizam a flexibilidade interna, tornando a empresa adaptável a diferentes níveis de demanda, principalmente com a avaliação dos próprios métodos. Além disso, fica mais fácil crescer de uma forma segura e eficiente, com a adição de novos membros à organização.
Dessa maneira, a empresa se mantém competitiva e moderna, ao prezar pelos ideais ágeis e otimizar a velocidade de produção.
Gerenciar projetos com metodologias ágeis é um grande passo rumo à eficiência e organização em empresas. A partir dessa escolha, é possível administrar melhor os prazos, os custos, o pessoal e até mesmo os possíveis riscos.
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Fonte de apoio: https://blog.smartconsulting.com.br/spotify-squads/